O peito do pé do Pedro é preto.
Quem disser que o peito do pé do Pedro é preto
tem o peito do pé mais preto que o peito do pé do Pedro.
(Whispered: “Pedro…”)
Whoo, (whoo), whoo, whoo
O peito do pé do Pedro é preto
Mas preto do pé não pisa em decreto
Pé que atravessa favela e concreto
Pé que carrega país sem afeto
Quem disser que o peito do pé do Pedro é preto
tem o peito do pé mais preto que o peito do pé do Pedro, e finge que é reto
Julga a cor do chão que o Pedro carrega
mas o sistema vem e acerta com os dois pé no peito
(Pow!)
O peito do pé do Pedro é preto
Preto de chão batido e suor
Preto de quem corre antes do sol
de quem não foge mesmo com dor
(woo)
Quem disser que o peito do pé do Pedro é preto
tem o peito do pé mais preto que o peito do pé do Pedro, e cala o tambor
Porque fala de cor mas não vê a dor
só mede o preto quando é pra impor
(ayy ayy ayy)
Peito do pé do Pedro é preto, preto, preto
Quem disser que é preto, porque é mais preto (
Peito mais preto no próprio leito
e esconde o medo no paletó de madeira já feito
Peito do pé do Pedro é preto
E preto não pede permissão
Pisa firme, quebra chão
onde o rei não tem perdão
(Vai!)
(Pa!)
(Pow!)
Brasil! (echo: “Brasil il il il…”)
woo
O peito do pé do Pedro é preto
E quem disser que é, se entrega no jeito
Fala no alto, tropeça no leito
Pedro levanta, pisa no peito
É preto, é passo, é trilha, é leito
O chão que tu foge, o Pedro foi feito
O beat virou funk, o verso é despeito
Travou tua língua, queimei teu conceito
Mesmo que o sistema venha sempre
com os dois pé no peito (“voadeira!”)
This is Brasil, porra!!!
(Brasil)
O peito do pé do Pedro é preto
Preto não é crime, nem conceito.
É caminho, é passo, é vida.
E se te trava a língua, imagina a ferida.
ARQ é de arquiteto, arquiteto mostra qual é o conceito, se quer fusão com trava língua, tá feito, e dale com os dois pé no peito (foi)
fui!
Whoo, (whoo), whoo, whoo